domingo, 18 de abril de 2010

Mochilão Argentina e Uruguai - 2010

Eiiiiiiiii pessoal!!! Tudo bem? Meu nome é Bianca (Meu apelido é Bia, então, sintam-se à vontade para me chamarem do mesmo jeito), sou de Vitória/ES (afirmo: cidade lindíssima) e estou aqui para compartilhar algumas informações com todos vocês.
Comecei a “mochilar” há 3 anos e mês passado vivenciei mais uma experiência.
A idéia de ir pra Buenos Aires surgiu no dia 21/02/2010 e, no dia seguinte, iniciei uma série de ligações na tentativa de organizar a minha agenda para conseguir 8 dias de folga. Ufa!!! Consegui. Agora, antes de comprar minhas passagens, mais um desafio: dar 7 plantões seguidos. Pois é, desafio superado, portanto, permissão obtida. Comprei minhas passagens 4 dias antes da viagem e, no momento da compra tomei uma decisão: poxa, já que estou indo para Buenos Aires acho que vou dar uma esticada. Pronto, comprei a passagem de ida para Buenos Aires e o retorno por Montevidéu. O resto: ah! Decido depois.
Gostaria de deixar claro que essa viagem não foi planejada, não foi econômica e não teve a minha cara. Fui de penetra em um grupo (muito especial, por sinal), fiz tudo de última hora e não passei nenhum perrengue (bem diferente de outros mochilões que fiz). A minha proposta com esse relato é oferecer dados e noções de preços. Espero que ajude!
Todos os gastos estão sublinhados e com letra aumentada.
Cotações durante a viagem:
1 Real = 1,88 dólares.
1 Real = 2,07 pesos argentinos.
1 Real = 10,05 pesos uruguaios.

Paguei 737,60 reais pela passagem (TAM), com taxa de embarque incluída. Saindo de Vitória, chegando ao Rio de Janeiro. Do Rio de Janeiro seguindo para Buenos Aires. Retorno de Montevidéu para São Paulo (aeroporto de Guarulhos). Transporte pela TAM do aeroporto de Guarulhos ao aeroporto de Congonhas e deste ao aeroporto de Vitória.

Primeiro dia (04/03/10):
Embarcamos no Airbus 320 da TAM no Aeroporto Eurico Sales em Vitória/ES e às 8:15 voamos em direção ao Galeão no Rio de Janeiro. No Rio encontramos o resto do grupo e às 11:30 voamos em direção a Buenos Aires. Chegando em Buenos Aires uma topic já nos esperava para fazer a nossa condução do aeroporto de Ezeiza ao Hotel (sim, fiquei em hotel nos primeiros dias – sem aquele intercâmbio cultural bárbaro que rola nos albergues, mas tudo bem, valeu!). Éramos em 11 pessoas e o motorista cobrou 400 pesos pelo transporte. Antes, eu havia cambiado alguns reais no Banco de La Nacion no próprio aeroporto que estava pagando 2,07 pesos argentinos para cada real.
Ficamos hospedados no Gran Hotel Buenos Aires na rua Marcelo T. de Alvear 767;
TEL: (54-11) 4312-3003 e FAX: (54-11) 4315-2243; Info@granhotelbue.com.ar; www.granhotelbue.com.ar. A localização do hotel é fantástica, próxima a rua Florida e da praça San Martín. Nas outras duas vezes que estive em Buenos Aires fiquei em albergues na Avenida 9 de julio, localização ótima também.
A diária nesse hotel é bem salgada (495 pesos argentinos por um quarto com cama de casal, suíte, ventilador, ar condicionado, TV a cabo), bem diferente dos albergues de Buenos Aires que além de confortáveis e bem equipados possuem diárias muiiiiito em conta, aproximadamente, 20 a 50 reais, variando de acordo com o número de pessoas no quarto e presença ou não de banheiro privativo (valem muito mais a pena para quem tem espírito de mochileiro).
À noite fomos à Puerto Madero para jantar no conhecido Siga La Vaca (meio contra minha vontade que prefiro o La Bisteka), mas eu era minoria...rsrsrs...pagamos 15,70 pesos argentinos no táxi e 65 pesos por pessoa o que incluía o Buffet, a bebida e uma sobremesa. Pagamos 17,64 pesos pelo táxi na volta.

Segundo dia (05/03/10):
Acordamos cedo, tomamos um reforçado café da manhã e partimos para a Avenida Córdoba, pois o grupo queria fazer compras (taí algo que nunca fiz em mochilões, afinal, o dinheiro sempre vai contado, mas eu estava com a galera e sabia o endereço dos outlets, logo, fui ajudar). Pedimos uma topic que cobrou 60 pesos para deixar o grupo na Av. Córdoba na altura do outlet da NIKE. Só lembrando que o outlet da Puma não fica na avenida, mas sim, na rua Gurruchaga, cuja entrada fica uns 3 quarteirões à frente do outlet da Nike. Os preços são realmente incríveis se comparados ao Brasil. Mas, eu fiquei na minha. Já a galera se esbaldou nas compras. Almoçamos na Avenida Córdoba mesmo em um restaurante simpático chamado Viejo Bar onde comi um Lomo (filé mignon) ao champignon com batatas fritas por 44 pesos argentinos. Pegamos um táxi para retornar ao hotel e pagamos 16 pesos por isso.
À noite fomos à Recoleta e sentamos no restaurante Posta Recoleta na Junín 1767 e Tel 4805-9861. Nesse restaurante você paga 40 pesos e tem direito a uma entrada que pode ser (empanada criolla ou ensalada russa ou consome a La crema de vegetales), um prato principal (bife de chorizo ou spaghetti ou pollo a La parrilla ou filet a La romana com purê) e uma sobremesa (budín de pan ou crepé de Dulce de leche ou helado a La reina ou flan). Apesar do preço ser atraente, tome cuidado, pois os valores cobrados pelas bebidas são absurdos: suco de laranja custa 13 pesos, refrigerante custa 10 pesos. Esse mesmo restaurante oferece música ao vivo.
Fomos dar uma volta pela recoleta e não resistimos ao Freddo...rsrsr...tomei um sorvete na casquinha por 14 pesos.
O táxi de ida para a recoleta custou 11 pesos e pagamos 10 pesos e alguns centavos pela volta.

Terceiro dia (06/03/10):
Enquanto o pessoal foi para seu segundo dia de compras eu fui em busca daquilo que me diverte: andar e conhecer a cidade. Tomei um café da manhã excelente, catei umas frutinhas na cesta exposta na mesa do café do hotel, peguei minha mochila e fui em busca do conhecimento. Já estive em Buenos Aires duas vezes, mas muito ainda havia para ser explorado. Saí do hotel, atravessei toda a Florida, cheguei à casa Rosada. Resolvi entrar e fazer um tour pela casa rosada que por dentro é amarela. De lá, parti para Puerto Madero, pois estava acontecendo uma festa com encontros das fragatas de vários países. Percorri toda Puerto Madero e andei pela Avenida Figueroa Alcorta até chegar ao Museu de Belas Artes. Durante o trajeto conheci o Museu Isaac Fernandez Blanco, passei pela estação do retiro, faculdade de direito e o parque de La flor. Particularmente, não entendo de pinturas. Admirei Picasso, Van Gohg, Kandinsky, Rodin, mas admito que me falta cultura, inteligência e uma pitada de sensibilidade para compreender aqueles quadros caríssimos. De lá fui ao Hard Rock Café e depois ao cemitério Recoleta. Sentei na praça, comi as frutas que havia colocado na mochila, bebi um pouco de água e me preparei para retornar ao hotel. Na volta sentei pela praça San Martín e depois passei pelo Círculo Militar e Museu de armas. Antes de ir para o hotel passei no Mc Donalds, afinal, já eram quase 18 horas e eu estava sem almoço. Paguei 17,25 pesos pelo combo do Bic Mac. Abastecida fui ao hotel tomar um banho e descansar, pois já estava tudo certo para o tango à noite.
Pagamos 100 pesos por pessoa para assistir ao espetáculo de tango no TANGO PORTEÑO. O preço é 120, mas como estávamos em grupo pagamos 100 por pessoa e o transporte estava incluído. Dica: vá alimentado ou se prepare para jantar após o tango, pois os preços são absurdos.
Após o tango fomos à Puerto Madero comer no La Bisteka ( eu estava ansiosa para retornar a esse restaurante – maravilhoso). O motorista que nos levaria de volta ao hotel nos fez um favor e nos transportou até o restaurante. Pagamos 67 pesos por pessoa pelo Buffet e uma sobremesa. As bebidas não estavam incluídas no valor. Nossa... como comi...engordei uns 3 quilos só nessa noite...mas, como valeu a pena...rsrsrs...
Transporte de retorno custou 15 pesos.

Quarto dia (07/03/10):
Domingão. Acordei tarde. Nem deu pra pegar o café da manhã. Havíamos chegado do La Bisteka às 3 da manhã. Mas, eu não consegui dormir, pois a barriga estava entupida demais. Fiquei na internet até umas 5 da manhã. Acordei e tomei um café da manhã na galeria pacífico no Brioche Doree ( medialuna – croassant- e um submarino – chocolate quente e barrinha de chocolate derretida) que custou 11,50 pesos. O pessoal foi tomar um chopp na rua reconquista, mas eu não estava legal. Eu tive febre todos os dias até então, pois estava muito gripada, mas no domingo a coisa ficou feia (talvez a caminhada longa no sol do sábado, talvez o excesso de comida...). Retornei ao hotel, descansei e às 16 horas acordei uma nova pessoa. Fui dar mais uma caminhada e às 20 horas fomos ao Café Tortoni cujo táxi de ida foi 10,25 pesos e de volta 11 pesos. Comi lomo com salada russa por 35 pesos, mas continuei com fome então comi uma hamburguesa por 16 pesos.
Voltamos ao hotel e então me despedi do grupo, pois todos retornariam para o Brasil no dia seguinte e eu e meu namorado seguiríamos para o Uruguai.



Quinto dia (08/03/10):
Acordamos cedo, tomamos café da manhã e seguimos andando até o buque bus. A passagem estava comprada desde sábado. Paguei 191 pesos pela passagem até Colônia na classe turista com viagem de duração de 1 hora. Pegamos o navio das 8:45 e chegamos cedo à Colônia. Tivemos que cambiar um pouco de dinheiro e na estação conseguimos trocar o real por 9,60 pesos uruguaios.
Decidimos alugar um carrinho para conhecer a cidade. São carrinhos de golf cujo aluguel é exageradamente caro. Mas, como eu disse, essa viagem não foi planejada e nem econômica. Paguei 50 dólares pelo carrinho e poderíamos ficar com o mesmo até às 20 horas.
Foi um passeio maravilhoso. O dia estava deslumbrante, mágico, divino!
Almoçamos no restaurante El Portón na C. General Flores onde pagamos 470 pesos uruguaios por (2 cestinhas de pães com molho rosé; 1 coca cola; 1 suco de laranja; 2 pratos, cada um com 2 ovos fritos, 1 grande bife de carne de boi à milanesa e muiiiitas batatas fritas).
Bem, passemos muiito e decidimos que era hora de partir para Montevidéu. Devolvemos o carrinho e compramos nossas passagens por 162,73 pesos uruguaios cada uma.
Após duas horas de viagem chegamos à Montevidéu e pegamos um ônibus na Avenida 18 de Julio, logo à frente da rodoviária. Pagamos 17 pesos cada um na passagem até à Plaza da Indepencia. Paramos exatamente em frente ao hostel Che Lagarto onde fomos muito bem recebidos pela Mickaela. A diária estava custando 17 dólares.
Ficamos em um quarto bem ruim, com infiltrações, sem janelas, sem ventilador. O banheiro era bem limpinho. A todo momento havia uma pessoa limpando.
Descansamos um pouco, tomamos um banho e em seguida fomos dar uma volta pela cidade velha. Lá jantamos no La Pasiva. O garçom foi super agradável e comemos uma promoção de sanduíche com ovo, bacon, alface, tomate, maionese especial e carne de hamburger e muitas batatas fritas. Pagamos 110 pesos cada um e já estava incluída a água ou a coca-cola. Voltamos ao hostel e fomos dormir.

Sexto dia (09/03/10):
Acordamos e fomos tomar café da manhã que só começa a ser servido às 9 horas (acho muito tarde). Não posso elogiar o café da manhã desse hostel, pois era oferecido apenas o café ou leite e pão de forma com margarina. Acho que por 17 dólares dava pra oferecer algo mais. Uma outra brasileira que estava vindo de Punta Del Este também se queixou, disse que no hostel de mesmo nome em Punta e pelo mesmo preço, comeu melhor e dormiu em quarto mais confortável. Mas, está ótimo, não é? O importante é estarmos aqui e aproveitando.
Saímos e passamos toda a parte da manhã conhecendo a ciudad vieja. Depois conhecemos o centro. Almoçamos na Il Mondo Della Pizza na 18 de Julio por 135 pesos cada um.
O melhor câmbio que encontramos foi: a cada 1 real conseguimos 10,05 pesos uruguaios numa agência de câmbio logo após o portal da ciudad vieja.
Decidimos antecipar nossa ida para Punta Del Este. Arrumamos nossas coisas e pegamos um ônibus de volta para a rodoviária três cruces por 17 pesos cada passagem e compramos uma passagem pra Punta Del Este por 144 pesos uruguaios pela COT.
Pra nossa sorte o busão estava saindo em 5 minutos e fomos correndo para a plataforma.
Chegamos cedo em Punta e logo achamos o Hostel 1949. Formidável!!!
Ficamos em um quarto com vista para o mar, amplas janelas que permitem boa ventilação no quarto, com TV, ventilador, banheiro próprio, armários grandes que cabem mochilões e compartilhado com mais 4 pessoas. Pagamos 350 pesos uruguaios por pessoa.
Deixamos nossas coisas no hostel e colocamos nossas roupas de praia e seguimos para a praia brava. Sábia decisão irmos para Punta. Ficamos na praia até o anoitecer. Maravilha. Ainda mais pra mim que sou totalmente rata de praia.
À noite fomos ao burger king e comi 1 sanduíche whopple com queijo e bacon com Milk shake - tudo por 190 pesos.
Passemos pela cidade à noite e depois voltamos ao hostel onde ficamos na internet, interagimos com o pessoal e curtimos uma música.

Sétimo dia (10/03/10):
Acordamos cedo. Nesse albergue o café da manhã é servido das 8 às 11 e as opções eram ótimas: pão de forma integral e comum, suco de kiwi, suco de laranja, sucrilhos, café, leite, achocolatado, geléias, doce de leite e maçã. Poxa, reforçado!!!!
Fomos conhecer a península. Passeio formidável!!!
Encontramos muitos surfistas e estrangeiros.
Fomos para a praia e ficamos por lá. Bem mais tarde fomos almoçar e novamente comemos no burger king ( não galera...eu não sou gorda – ainda - ...rsrsrs até me alimento muito bem, mas o que fazer quando as opções mais acessíveis envolvem frituras e doces?? Sem neuras nesse momento, né?). Comi um sanduíche whopper junior por 80 pesos e depois fui à freddo comer um brownie com helado por 120 pesos – maravilhoso!!
Voltei para a praia e combinei um city tour por 25 dólares para poder ir à casa pueblo em Punta Balena, mas choveu e eu fiquei no hostel.
À noite, com o céu aberto fomos andar pela cidade e é claro, adivinhem??? Comer...
Fomos a La Pasiva e comemos uma pizza familiar com 2 gostos mais uma água de 500 ml e uma coca cola de 500 ml por 420 pesos uruguaios.
Fomos ao cassino Conrad e resolvemos não arriscar a sorte. Mas, valeu a pena o passeio.
Voltamos ao hostel e ficamos na sala de estar vendo televisão, conversando e cochilando às vezes...rsrs...até que resolvi ir para a cama dormir.



Oitavo dia (11/03/10):
Acordamos. Arrumamos as mochilas. Tomamos café da manhã e fomos dar nosso último passeio pela cidade. Ficamos sentados por um longo tempo nos banquinhos em frente à para mansa admirando o mar. Às 11:15 pegamos um ônibus até o aeroporto de Montevidéu (Carrasco) por 144 pesos.
Fizemos o check-in e pagamos uma taxa de 31 dólares cada um de taxa de embarque internacional (isso foi uma surpresa, eu pensava que já estava incluído no preço inicial da passagem).
Chegamos ao aeroporto de SP – Guarulhos. De lá pegamos um transpote da TAM até o aeroporto de Congonhas. No aeroporto de Congonhas pegamos nosso vôo para Vitória, mas não pudemos pousar por conta de problemas na pista e fomos parar no aeroporto de Confins em BH. Após algum tempo de espera pudemos voar para Vitória.

Bem, esta foi nossa viagem!!
Não foi um mochilão programado ou com os perrengues tão comuns de acontecer, mas foi uma experiência única.
Estejam à vontade para me add no MSN: fadinha_lazanha@hotmail.com para trocarmos informações. Posso dar dicas de outros mochilões que fiz e posso passar o roteiro e tabela de preços do mochilão que farei em Junho por Chile-Bolívia-Peru.

Grandes beijos!! Bia Magnago!

2 comentários:

  1. Olá,tudo que falou é verdade. Buenos Aires é muito lindo.Estive por lá nos mesmos dias que vcs..Visitei as FRAGATAS, todas muito lindas.Fui em muitos lugares que foram.Fiquei de 05/03 a 09/03/2010. Um dia ainda volto nesse lugar.As pessoas são bonitas,educadas e bem humoradas.Pra ver tudo de bom que a capital tem leva mais de mes só visitando.Mas um dia ainda voltarei.
    Beijos,
    IZABEL

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  2. Aff! Odiei Buenos Aires e os argentinos! hahaha
    Tbm não gostei da comida que é sem sal... mas o corte da carne realmente é ótimo...
    O que gostei mesmo e acho que vale a pena voltar é a interação com pessoas estrangeiras e baladas...
    Farei mochilão pro Uruguai, mas não ficarei só em Punta e Monte Video... vou rodar o litoral e conhecer algumas cidadezinhas lindas no limite do Uruguai com o Brasil. Passarei 10 dias no mínimo.
    Gosto de paisagens, então o Chile é MUITO mais interessante que a Argentina! Experimentem!
    Beijos,
    Tati

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