sexta-feira, 23 de abril de 2010

E para você? O que é ser mochileiro?

De acordo com o site Mochila Brasil, maior portal brasileiro da Internet sobre turismo alternativo, a cultura backpacker ou mochileira originou-se da geração Beatnik, nascida nos Estados Unidos. Formada por escritores e artistas, os quais constituíram um dos mais significativos movimentos literários do século XX, introduziram a palavra liberdade à sociedade americana das décadas de 50 e 60. Os beatniks não se identificavam com os soldados nem com os jovens empresários da época da 2ª Guerra Mundial. Não acreditavam em empregos normais, lutavam para sobreviver e viajavam como podiam. O escritor norte-americano Jack Kerouac é o ícone da Cultura Beatnik e autor do livro On the road, bestseller que influenciou várias gerações a “caírem na estrada”.
Os australianos Tony e Maureen Wheeler também contribuíram para que milhões de jovens colocassem suas mochilas nas costas e saíssem para conhecer o mundo. Recém casados, eles saíram para uma viagem pela Ásia, ao melhor estilo On the Road, a qual escreveram um livro a respeito. Nascia ali o guia Lonely Planet que, desde os anos 70, influencia jovens australianos, americanos e principalmente europeus a se aventurarem pelo planeta. A Austrália, por sua vez, se beneficiou com o feito e se transformou no berço do Turismo Backpacker, sendo o país que mais recebe mochileiros no mundo, tendo gerado mais de US$ 4 bilhões nos anos de 97, 98 e 99.
Mesmo vivendo em um novo século a essência permanece. Backpack, como usualmente apelidamos os mochileiros mundialmente, descreve o turista, que como Tony, Maureen ou os grandes personagens da geração Beatnik, viaja de forma independente e econômica.
Numa tradução literal, esta palavra da língua inglesa significa: aquele que carrega uma mala nas costas, ou mochileiro. O termo em português pode trazer uma conotação errônea deste segmento, sendo confundido com sacoleiro, ou seja, pessoa que faz viagens com a finalidade única de comprar mercadorias, das mais diversas espécies, para posterior revenda.
Bem diferente disso, a Associação dos Mochileiros e Aventureiros do Brasil estabelece o backpack como um grupo de viajantes alternativos de todas as idades, nacionalidades e classes sociais possíveis, que amam sair de suas casas, atravessar fronteiras de países ou mesmo de estados, conhecer locais e pessoas de culturas diferentes, através de uma forma totalmente aventureira e enriquecedora.
Para mim, nós mochileiros, somos viajantes independentes, organizamos nossas próprias viagens, levando em consideração a aventura, a diversão, o conhecimento e a liberdade de escolhas. Procuramos formas de hospedagens alternativas: acampamentos, albergues (hostels) ou ainda o couch de algum nativo. Essas opções se pronunciam não apenas como uma alternativa para diminuir nossos gastos, mas também, como ótimas formas de realizarmos um intercâmbio cultural com outros backpackers. Essas formas de hospedagens nos une a indivíduos com gostos parecidos, ideologias semelhantes, objetivos incomuns, conduzindo nossa viagem a um rumo diferente daquele outrora traçado. E a cada cidade diferente, e a cada hostel distindo, e a cada novo amigo conquistado, a viagem toma rumos alternativos. Há planos, mas eles não estão engessados. A idéia permanece, mas as formas de concretizá-la são mutáveis.
Somos jovens, estudantes, adultos, aposentados...escolhemos essa forma de viajar muito mais por opção, estilo e vontade do que por limitações. Preferimos economizar dinheiro com o luxo de poucos dias em um hotel 5 estrelas para privilegiar 1 mês inteiro de aventuras. Gostamos de ser independentes para fazermos nossas escolhas. Temos aversão aos pacotes limitados das empresas de turismo. Buscamos mais que o conhecido por todos os turistas, queremos a identidade do local que visitamos, aquilo que o nativo admira e reserva para si.
Eu digo e reafirmo: para mim, mochilar é mais que uma opção, é um estilo de vida!!!!

Um comentário:

  1. Concordo
    pacotes sao chatos demais
    Minha unica viagem de pacote sai frustradissimo pois queria is pra outros lugares e nao podia
    enfim...um saco

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